terça-feira, 27 de dezembro de 2011

NOSSA ETERNIDADE EM ALTA DEFINIÇÃO

      Eu inicio essa palavra, falando de algo que é bastante comum na vida de muitos, de algo desagradável na vida de quem não está acostumado a ser cobrado... Isso mesmo que você deve ter pensado: SPC.
      Será que, assim como eu, você já passou por isso? É desagradável ou não é, sermos tratados de forma descriminatória em meio ao ato de adiquirir algo à prazo? Como ocorre essa situação? Quando vamos comprar algo, e nem imaginamos que, por inadimplência, voluntária ou não, somos surpreendidos com a seguinte frase:”Seu crédito não foi aprovado.” Já passou por isso? Eu já! E é muito desagradável. Dá uma sensação de que tudo à sua volta se apagou, e que sobre você foi direcionado um holofote. Mas, eles não têm culpa. É o trabalho deles. Se eles não têm culpa, quem seria o culpado? Seria aquele amigo ou parente no qual confiamos tanto, a ponto de emprestarmos o nosso cartão ou cheque a ele para que algo fosse comprado? Claro que não! A culpa é nossa, pois o nome é nosso! Pendência é pendência não importam as circunstâncias pelas quais elas surgiram!
      Feita essa introdução, fica claro o cerne dessa mensagem, é ou não é? SPC aponta para dívida, que é sinônimo de pendência. E esse estado é o retrato de muitos de nós cristãos. Em Rm 13:8, Paulo nos diz:

“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.”

     Dever algo é uma pendência. Repare que Paulo, falando de dívida, no versículo anterior a esse citado acima, faz referência a coisas naturais (tributos e impostos), mas, ele logo cria vertentes, ele passa a falar de coisas abstratas (honra e amor). Seguindo esse caminho de pensamento deixado por Paulo, eu gostaria de chamar à tua atenção para uma dívida que muitos de nós, servos do Senhor, temos (quem sabe até mesmo eu que escrevo ou você que está lendo) e exitamos em pagar. Que dívida é essa? O perdão. Se você tem alguém a quem deva pedir perdão ou alguém a quem deva perdoar, certamente sabe do que eu estou falando. O perdão, ativo ou passivo, não é uma opção e sim uma decisão a ser tomada. Vejamos Jo 20:23:

“Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.”

      Sendo assim, imaginemo-nos diante de um espelho... O que vemos? Nós mesmos, obviamente. Agora, substituamos o espelho pelo rosto daquele a quem devemos perdoar ou pedir perdão... O que vemos? Um condenado ou um absolvido? O que estiver diante de nós, a projeção da imagem em nossos olhos, visto que metaforicamente estamos diante de um espelho, é o que determinará a nossa projeção aos olhos de Deus. Por que esse ponto de vista? Devido ao fato de termos um modelo a ser seguido. Que modelo é esse? O versículo acima. Em suma, perdoar ou condenar alguém, é como estar diante de um espelho (fazendo essas coisas a si próprio). Acerca desse assunto, eu quero trazer uma nova vertente: Não sabemos o dia em que partiremos para a eternidade. Que tipo de risco corremos quando procrastinamos a decisão de perdoarmos ou pedirmos perdão a alguém? Além de sermos reprovados no exercício ensinado por Jesus na cruz, nos tornaremos cadáveres ambulantes. Entendeu ou não? Deixe-me ser mais claro. Imagine alguém que muito te magoou, seja por meio de uma traição, palavra ou calúnia, enfim... Agora, imagine esse mesmo alguém te pedindo perdão e recebendo uma negativa tua... Finalmente, imagine o seu agressor arrependido partindo dessa vida sem o teu perdão... Quem está morto na verdade, você que está vivo ou ele que se foi? Naturalmente falando, ele. Mas, aos olhos de Deus, os papéis se invertem: O outrora traidor passou da morte para a vida por meio do perdão pedido; por outro lado, o rancoroso (crente) se também fosse chamado naquele momento, estaria passando da vida para a morte. Muitos têm perdido a salvação dessa forma, ou seja, não querem abrir mão do fardo pesado que carregam (a decisão de perdoar ou pedir perdão, por exemplo), mas querem o fardo leve do Senhor. Assim não dá! A salvação é como uma escalada. O fardo de Jesus é tão leve que nos sentimos como que se tivéssemos asas sobre nós, asas que nos fazem subir como se fossemos águias. Já o fardo pesado nos puxa para baixo e nos impede de chegar no alvo dessa grande escalada chamada salvação.
      Por outro lado, você foi o agressor, ou traidor, enfim... Já imaginou a tragédia que seria, se você morresse sem ter se acertado com a tua vítima? Sem ter se arrependido do mal causado, e sem ter respaldado o teu arrependimento através da atitude de pedir perdão? Existe, segundo a Palavra, condição de sermos salvos sob essas condições, com essas pendências? Não. Hebreus 12:14 define essas questões:

 “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;”

 O ato de perdoar ou pedir perdão precede a paz e a santificação que precedem a salvação. Não é da vontade de Deus que ninguém se perca. Ele é longânimo e misericordioso. Ele sempre permitirá a oportunidade do acerto, mas, ele respeitará a nossa escolha de nos acertarmos ou não.
      Por fim, como já foi frisado, pendência é pendência. Seja financeira ou espiritual, elas trazem consequências. Naturalmente, se eu compro a prazo e não pago, perco o meu direito ao crédito; já espiritualmente, se não consigo refletir nas pessoas a imagem projetada por Jesus na cruz, ou seja, a de perdoador, eu perco o meu direito ao Seu perdão. Não tem meio termo! A Palavra nos diz que devemos nos examinar. Ao praticarmos esse ato, qual seria o diagnóstico que encontraríamos acerca desse assunto?  
      Vale à pena praticarmos isso, pois, daí virá a incontestabilidade necessária para sermos absolutamente salvos... Ou não!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

DEGRAU DA EXALTAÇÃO? SÓ SE FOR DE DEUS!


Eu, primeiramente, saúdo a você que se propôs a dedicar alguns minutos de seu tempo nessa leitura, com a paz do Senhor.
Antes de entrar propriamente no assunto a ser tratado, eu gostaria de te convidar a analisar o seguinte versículo:

"E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado." (Mateus 23:12)

Gostaria de chamar à tua atenção para algo relacionado às ações que provocam uma reação contrária de Deus às mesmas nesse versículo. Inicialmente, eu gostaria de deixar uma pergunta no ar: “Quantas vezes, ao ouvir alguma pregação acerca desse versículo ou alguma referência a ele, essas ações foram citadas na forma passiva? Entendeu a pergunta? Não? Deixe-me tentar ser mais claro escrevendo esse mesmo versículo de maneira passiva:

“Os exaltados serão humilhados; e os humilhados serão exaltados”

Então... Você se lembra de ter ouvido essa versículo sendo recitado dessa forma? Eu não preciso ir muito longe prá lembrar!

A forma como recitamos ou lemos esse versículo determinará o cumprimento do mesmo em nossas vidas. Como? Repare que as ações que geram as reações nele, são de nós para nós. O versículo não tange à ação para com alguém, ou de alguém para conosco.
Uma vez exposta essa diferença, vamos à Palavra buscar respaldo para essa visão, frisando, de antemão, que sermos humilhados ou exaltados por alguém, tem a ver com o que somos ou fazemos aos olhos de quem nos vê, e, nos humilharmos ou exaltarmos tem a ver com o que somos aos nossos próprios olhos.

Você já deve ter ouvido falar da mulher cananéia, correto? Quem sabe, como eu, você já deva estar “careca” de ouvir as mesmas coisas vindas de bocas diferentes acerca dessa mulher? Como se estivéssemos ouvindo ecos? Você deve estar pensando nesse momento: ”Lá vem mais um eco.”
Eu vou tentar te demover desse pensamento te fazendo ouvir uma voz em vez de um eco, através dessa passagem. Leiamos abaixo Marcos 7:24/30:

E, levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se;
Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.
E esta mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.
Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
Ela, porém, respondeu, e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos.
Então ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha.
E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, e que o demônio já tinha saído.

Nessa passagem bíblica, poderemos identificar explicitamente o que é ser humilhado e o que é se auto-humilhar, bem como o que é ser exaltado. Agora, implicitamente, também poderemos identificar o que é se auto-exaltar. No versículo 26 o texto nos informa a nacionalidade da mulher, e, de posse dessa informação, eu me senti impelido a pesquisar algumas características dos siro-fenícios, tais como: cultura, arte, religião, atividades comerciais, enfim, através dessas características poderemos traçar o perfil dela, pois, tendo como base esse perfil, eu poderei apoiar a minha tese acerca dos motivos que levaram Jesus a ser tão duro com ela.

O alfabeto fenício foi um dos primeiros alfabetos a ter uma forma rígida e consistente. Presume-se que seus caracteres lineares simplificados se originaram a partir de um alfabeto semítico pictórico ainda não atestado, que teria sido desenvolvido alguns séculos antes no sul do Levante. Os fenícios foram responsáveis por espalhar o uso de seu alfabeto por todo o mundo mediterrâneo.

A arte fenícia não tem as características exclusivas que a distinguem de seus contemporâneos; isto se deve por ter sido altamente influenciada por culturas artísticas estrangeiras, principalmente o Egito, Grécia e Assíria. Os fenícios que estudavam às margens do Nilo e do Eufrates conquistavam uma ampla experiência artística, e acabavam por desenvolver sua própria arte na forma de um amálgama de modelos e perspectivas internacionais.

Os fenícios eram politeísta, e cultuaram diferentes divindades, muitas oriundas de culturas vizinhas, ao longo de sua história. As evidências do segundo milênio a.C. estão Adonis, Amon, Astarte, Baal Safon, Baalat Gebal ("Senhora de Biblos"), Baal Shemen (consorte de Baalat Gebal), El, Eshmun, Hail, Ísis, Melcarte, Osíris, Shed, o venerável Reshef (Reshef da Flecha), YHWY e Gebory-Kon. Já no milênio seguinte foram registrados outros, como Chusor, Dagon, Eshmun-Melcarte, Milkashtart, Reshef-Shed, Shed-Horon e Tanit-Astarte. Os fenícios conservavam ritos bem arcaicos, como a prostituição divina e o sacrifício de crianças (em particular dos primogênitos) e de animais. A maioria dos rituais religiosos eram feitos ao ar livre.
Os fenícios foram alguns dos maiores comerciantes de seu tempo, e deviam muito de sua prosperidade ao comércio. Inicialmente mantinham relações comerciais apenas com os gregos, vendendo madeira, escravos, vidro e a púrpura de Tiro em pó. Esta célebre tinta de forte cor púrpura era muito usada pela elite grega para colorir suas vestes.

Você deve estar se perguntando: ”O que a história fenícia tem a ver com essa meditação?” Eu respondo: "As riquezas de uma cidade ditam o comportamento de seus habitantes." Laodicéia, por exemplo... Quando ouvimos esse nome, a que tipo de característica o associamos? Auto-suficiência, soberba, altivez. Vou utilizar um exemplo mais atual: Estados Unidos. Os americanos ostentam a hegemonia concernente à potência bélica, à pequisas biológicas e espaciais; enfim, o nome dessa nação está associado ao imperialismo.

De acordo com a história, os fenícios eram ricos, cultos e politeístas. Agora eu te pergunto: Se Laodicéia e Estados Unidos, tendo ao Senhor como Deus têm como marca a auto-exaltação, qual seria a marca dos siro-fenícios, tendo eles um monte de deuses? De humildade? De bondade? De repente você deve estar pensando: “Aquela mulher foi tão humilde que Jesus libertou sua filha.”

Entremos agora na mensagem. Jesus era doce? Sim. Ele era educado? Sim. Ele era bondoso? Sim. Ele era misericordioso? Sim. Quando foi que vimos Jesus se alterar, com excessão de quando estavam fazendo do templo um comércio? Nunca! Você consegue imaginar Jesus humilhando alguém sem que houvesse um motivo? Não. Então, vamos ao texto.

A mulher está desesperada por conta de sua filha estar possessa. Não existe um ser humano, por pior que seja, que não se quebrante ou reveja conceitos diante do sofrimento de um filho. Ao expor um pouco da história da Fenícia, eu tive por objetivo projetar na mulher siro-fenícia a marca da nação. Qual era a marca da nação segundo a minha linha de raciocínio? A auto-exaltação.

Portanto, segundo minha ótica, Jesus vê naquela mulher tal sentimento, e ele quebra esse sentimento mostrando a ela sua impotência diante daquela situação. Jesus, literalmente, colocou aquela mulher na lugar dela. Qual era o seu lugar? No lugar daqueles que querem seguir os passos de Jesus. No lugar da humildade.


É importante ressaltar, leitor, que essa visão é pessoal, você tem todo o direito de discordar! Ouvindo alguém pregar acerca dessa passagem, eu recebi essa revelação de forma impetuosa. Eu entendi que Jesus tinha um motivo para chamar aquela mulher de cadela. Nesse caso é fácil identificar a diferença entre ser humilhado e se humilhar. Jesus a humilhou (reação à sua possível auto-exaltação), e ela se humilhou diante de Jesus, dizendo que os cachorrinhos se alimentam das migalhas, ou seja, ela reconheceu quem era, e, com isso, foi exaltada. Como? Seu pedido foi atendido, sua filha foi liberta.

A Palavra diz em I Pedro 5:6 o seguinte:

“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte;"

Sabe o que falta em muitos de nós, e que serve de barreiras para que sejamos exaltados pelo Senhor? Nos humilharmos. Deus não criou seus filhos para serem vítimas da ignomínia e de humilhações. Não esperemos ser exaltados por conta da humilhação sofrida, humilhemo-nos diante de Deus, pois Ele é o único capaz de nos exaltar. Subir no degrau de nossa própria exaltação nos torna candidatos à queda. Por outro lado, no degrau da exaltação de Deus o risco de cairmos é zero. Por quê? Por estarmos de mãos dadas com Ele.

Prá terminar, algo também me chama à atenção nesse texto, e está no último versículo: A ligação entre a possível altivez da mulher e o espírito maligno em sua filha. Já atentou prá isso? Repare a fala de Jesus ao decretar a libertação da menina: “Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha.”

A certeza que me veio acerca da posição altiva daquela mulher originou dessa frase de Jesus. É como se Jesus dissesse a ela:” Por se humilhar, e não se exaltar, tua filha está liberta.” Entendeu? Não? Deixe-me tentar de outra forma. É como se Jesus dissesse a ela:”Pela tua altivez, os demônios se apoderaram da tua filha.” Agora fui claro, não?

Espero estar sendo um canal de revelação prá você, leitor internauta. Mas, em caso de discordância acerca dessa mensagem, não me julgue, peça a Deus que me esclareça e me convença do erro. Fique na paz! E continue a meditar em Tiago 4 : 10:

“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará."

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DANDO A CARA À TAPA

No decorrer de nossa caminhada cristã, certamente já ouvimos falar de Tomé. Por diversas vezes eu, particularmente, já vi muitos pregadores usarem Tomé como exemplo de mal exemplo. Ele foi incrédulo? Foi. Ele escandalizou seus irmãos com sua incredulidade? Chocou. Mas,
você já parou prá meditar no encontro de Tomé com Jesus naquela reunião pós-ressurreição? Eu creio que sim. Mas, eu gostaria, nessas próximas linhas, de mudar o ponto de vista acerca desse encontro.

Você já atentou para o efeito causado pela atitude de Tomé, ao mostrar-se resistente à veracidade da ressurreição de Jesus.

Repare algo que está escrito em Marcos 16:9/11:



E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.

E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando.

E, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram.



Segundo esse relato de Marcos, ninguém creu na ressurreição de Jesus!

Isto é; quando apontamos a Tomé como incrédulo e isentamos os outros discípulos, cometemos injustiça. Por quê? Pelo fato de não haver diferença entre eles no que diz respeito à incredulidade, visto que nenhum deles creu. Agora, existe uma diferença que deve ser frisada entre Tomé e os outros discípulos: a sinceridade.

Tomé foi incrédulo tanto quanto os outros, mas os outros não foram sinceros tanto quanto Tomé.

Vamos entender melhor o cerne dessa reflexão, bem como a base da mesma?

Pois bem, passados alguns dias após a morte de Jesus, os discípulos estavam reunidos num determinado lugar. Com que propósito? Adorar a Deus ou compartilhar seus medos em comum? Medo de quê? De serem mortos tal qual Jesus foi.

A Palavra diz em João 20:24 que Tomé não estava lá. Por quê? Por não crer na ressurreição de Jesus, e por não compartilhar do mesmo medo que compartilhavam os outros discípulos, a saber: de serem mortos por serem seus discípulos.

Vamos tentar entender o que levou Tomé a se ausentar daquela reunião?

Transportemo-nos àquela época... Somos discípulos de Jesus, seus amigos. Partindo do princípio de que é impossível conhecê-lo e não amá-lo, amá-lo e não segui-lo; o amamos... De repente o nosso amado é preso, açoitado, humilhado publicamente e torturado até a morte... Qual seriam os sentimentos desencadeados em nós ao vermos aquele a quem tanto amamos sofrendo dessa forma, sabendo nós que nele havia inocência? Tristeza, angústia, medo, revolta, decepção, incapacidade, etc.

Eu citei apenas seis exemplos de sentimentos dentre muitos outros. Ninguém é igual a ninguém, temos personalidades diferentes, isso quer dizer que cada um reage de um jeito. Tomé não sentiu medo, senão ele estaria trancado com os outros... Mas, existem, entre esses seis exemplos citados, dois que se encaixam bem no perfil de Tomé: a revolta e a decepção.

Tomé amava a Jesus? Claro que sim, do contrário ele não se disporia a morrer com Ele em Betânia! (João 11:16)

Já imaginou alguém que você tanto ama sofrendo um milésimo de tudo o que Jesus sofreu? Como você se sentiria? Do jeito que você pensou agora que se sentiria, certamente foi desse jeito que Tomé se sentiu. Revolta e decepção. Revolta por não poder fazer nada, e decepção por ver seu próprio povo escolher Barrabás pra ser solto, em vez de Jesus.

A fé de Tomé naquilo que ele ouvira de Jesus acerca de Sua ressurreição foi suplantada por esses sentimentos. Às vezes agimos assim também, quando nos decepcionamos com um irmão ou nos revoltamos com as máculas da igreja. Perdemos o foco e passamos a errar o caminho que nos conduz à vitória.

Por outro lado, Tomé fez o que muitos de nós não temos coragem de fazer, que é assumir o seu estado, a sua realidade e a sua doença (incredulidade), doesse a quem doer.

Esse homem deixou sim, que a sua razão o dominasse; e com isso, o que os seus olhos viram e o que os seus ouvidos ouviram acerca do que fizeram com Jesus foi mais forte do que tudo o que ele ouvira de Sua própria boca acerca da morte e ressurreição. A visão do Cristo crucificado ofuscou a do ressurreto. Resultado disso tudo: crise.

Sabe qual é um dos principais motivos das crises enfrentadas por muitos de nós, cristão, hoje? A perda do foco. Quando focalizamos as dificuldades pessoais e a hipocrisia alheia dentro da Igreja, nossos olhos se fecham pra tudo aquilo que Jesus prometeu a nós. Deixamos de ver o que Deus quer que vejamos, para vermos o que o diabo quer nos mostrar. Tomé agiu dessa forma. Ele ouvira da boca do próprio Jesus que o mesmo seria preso, crucificado e morto, mas que ao terceiro dia voltaria à vida. Mas, Tomé deixou-se levar pelo que seus olhos viram (seu amado ser assassinado), e pelo que seus ouvidos ouviram (seu próprio povo a dizer: crucifica-O). Contudo, existe algo em Tomé que falta em muitos de nós: sinceridade.

Passada a primeira aparição de Jesus aos seus discípulos, os mesmos encontram Tomé e lhe dizem: “Vimos o Senhor” Qual foi a reação dele? Será que foi igual a de muitos de nós, que diante de alguma revelação, relato ou informação, dizem:”Eu acredito” , sem acreditar? Não. Ele foi verdadeiro quanto aos seus sentimentos, dizendo a eles:



Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

(João 20:25)



Você já parou prá pensar no escândalo causado neles por meio dessa declaração? É proporcional àquele que tentamos evitar quando dizemos que cremos em algo sem crer. Por não querermos abrir mão de um cargo de destaque na igreja para sermos tratados. Ou por querermos preservar o nosso ministério eclesiástico, que muitas das vezes é tão inoperante que não faz a menor diferença!

Tomé vomitou psicologicamente diante de seus condiscípulos; e o vômito alheio causa nojo em nós, mas traz alívio ao que vomita.

A sinceridade de Tomé o deu forças para voltar à comunhão, e chamou à atenção de Jesus a ponto de atraí-Lo novamente ao lugar da primeira reunião.

Ao se apresentar novamente aos discípulos, Jesus vai direto a Tomé, isso quer dizer que ele era o motivo daquela nova visita. Jesus traz consigo as condições impostas por Tomé aos discípulos, de que ele teria de tocar nas feridas para que cresse que Ele estava vivo. Jesus diz à Tomé:



Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. (João 20:27)



Repare que a repreensão foi à Tomé, mas serviu para os outros também, visto que não creram em Maria Madalena quando a mesma anunciou que Jesus vivia. Esta repreensão rompe a barreira do tempo, e reverbera hoje à Igreja.

Podemos aprender algo mais do que termos que ser crentes nesse encontro de Jesus com seus discípulos. Ao vir diretamente a Tomé, Jesus quer que saibamos que não há como ser sincero com Ele sem que antes sejamos com os homens (Tomé foi com seus condiscípulos). Qual é a nossa crise? Exponhamos! Vomitemos o que está nos fazendo mal... Aquilo que não é verdadeiro. Paremos de show! Desçamos do palco! Prostremo-nos diante do altar do Senhor dando a nossa cara à tapa, não nos importando com o que vão pensar de nós. Assim como fez Tomé!

Não existe cura sem que antes haja confissão daquilo que nos acomete, segundo diz Tiago 5:16. Tomé praticou isso... Ele expôs a sua doença e, como conseqüência disso, foi sarado. Sabe quando podemos perceber essa cura? Leia abaixo:



E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! (João 20:28)



Tomé foi curado de uma doença muito comum a nós: incredulidade. Portanto, aprendamos com Dídimo, não apenas a não sermos incrédulos, mas, a sermos sinceros doa a quem doer.

Fique na paz!!!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

DISCERNINDO O GOSTO DA NOSSA ALMA

Às vezes chega uma fase em nossa caminhada cristã, em que a obrigação suplanta a volição no que diz respeito às atividades eclesiásticas. Você já se sentiu dessa forma?

Se não, glória a Deus! Mas ninguém está livre de passar por isso.

Em meio a esse processo de “iceberguização” espiritual, podemos encontrar um protagonista em potencial. Você arriscaria dizer quem é? Antes de te dizer, eu gostaria de te ensinar e/ou lembrar que somos seres tricotômicos (constituídos de corpo, alma e espírito), e chamar a tua atenção para um detalhe importantíssimo: a alma se encontra no centro, ainda que invertamos a ordem dos elementos da tricotomia humana (espírito, alma e corpo) a alma permanecerá centralizada. Isto é, partindo dessa linha de raciocínio a alma funciona como o fiel de uma balança. Essa balança é tendenciosa a pender para o lado do corpo (carne) em detrimento ao lado do espírito. Por que será?

Vejamos Oséias 11:7a, que diz:



Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim;



Desviar-se de Deus é o mesmo que andar na carne, ou não?

Você já parou prá pensar o quão difícil é fazermos algo que esteja ligado às coisas espirituais, quando comparado às coisas naturais (carnais)? Por qual motivo isso ocorre? Seria pelo fato de sermos seres tão ruins? Eu creio que não! Eu procuro ver pelo lado original. Que lado seria esse? A queda do homem.

Existe em nós uma natureza carnal, que, quando confrontada pela espiritual, intensifica a luta para que não venha perder espaço (domínio das ações). A nossa humanidade tem na alma uma grande aliada contra o espírito. Somos seres repartidos e divididos, visto que constantemente estamos em guerra (Gálatas 5:17).

Deus entende a nossa natureza “torta”, porém, Ele não a aceita quando recusamos a Sua ajuda para endireitá-la, por meio da obra do Espírito Santo em nós.

Entre muitas outras coisas, o Espírito Santo foi enviado para acabar com a covardia da carne e da alma contra o espírito. Pense na tua alma como o centro das tuas emoções, consciência e sentimentos... Repare que através da alma sabemos da nossa existência enquanto seres humanos. Ser esse que foi contaminado; o original se desoriginalizou por meio da queda de Adão. Através desse ato inconseqüente, nossa raiz divina foi contaminada. Sabemos que a raiz é a parte responsável pela alimentação de um vegetal, ou seja; analogicamente somos uma árvore cuja raiz foi contaminada e tornou-se pecaminosa. Se a raiz é pecaminosa, todo o corpo é, visto que dela se alimenta.

Sabe qual o principal motivo que leva a alma a juntar-se à carne contra o espírito? A superioridade da carne ante o espírito. Nossa alma é parcial, ela fica do lado mais forte. Sendo assim, a única forma de nossa alma unir-se, nessa batalha, a nosso espírito é aceitarmos de Deus a Sua intervenção a favor do nosso espírito. A inclinação citada em Os 11:7 só pode ser vencida por meio da morte sacrifical de Jesus por nós, e, prá que sejamos beneficiários da mesma, temos que acreditar que não foi em vão, teve vários propósitos, dentre os quais o envio do Espírito que consola, capacita e convence. É impossível conseguirmos agir espiritualmente sem que sejamos auxiliados pelo Espírito Santo.

Jesus é a reforma daquilo que foi deformado. Ele é o caminho, a mão-única que nos guia de volta às origens, a Deus.

Em nossa alma há inclinações carnais, ou seja; a alma se junta à carne com o propósito de pecar com prazer. Por outro lado, a união da alma com o espírito só é possível por meio de sacrifício. Ou seria fácil fazer jejum em meio a um churrasco, ou controlar o olhar diante de suas concupiscências?

A transição pela qual toda alma deve ser submetida (da inclinação carnal à espiritual) por meio da atuação do Espírito Santo é tensa; dá vontade de parar; dá vontade de desistir; dá vontade de “chutar o pau da barraca” (às vezes até prá fazer isso falta força). Será que sou só eu que encontro essas dificuldades? Acho que não!

Ao dissertar sobre esse assunto, eu me baseio não em estudos ou experiências alheias, eu me baseio no que estou vivendo, sentindo, enfim; há propriedade. Essa palavra é de mim prá mim, entende? É Como se fosse uma auto-ministração. Porém, se você que está lendo, se identificar com essas palavras, tome posse! Não é preciso você passar pela experiência... De repente essa reflexão pode ser o instrumento de interrupção à crise pela qual você poderia vir a enfrentar. Que crise? Pode ser de vários tipos, como por exemplo, aquela que é desencadeada pela perda do nosso foco principal que é Jesus. Como isso ocorre? Quando deixamos de olhar para os olhos da Igreja (Onde ficam os olhos? Na cabeça. Quem é a cabeça da Igreja? Jesus.), e passamos a focalizar os membros do corpo (as pessoas). Quando cometemos esse erro, os alimentos da carne são postos à mesa e, conseqüentemente, a mesma se fortalece.

Olhar para nossos irmãos em Cristo requerendo deles perfeição, não pode ser visto como um sonho, e sim como uma utopia. Mas, quase sempre, não pensamos nem agimos assim, muito pelo contrário! Farisaicamente, nós apontamos suas falhas junto com seus efeitos, e não percebemos que muitas das vezes estamos como que diante de um espelho. Reprovamos os outros naquilo que estamos reprovados.

As decepções eclesiásticas nascem de nossos próprios erros, e elas são contagiosas quando compartilhadas. Quando desabafamos com alguém acerca do mal que nos fizeram ou daquilo que nos incomoda em alguém, estamos, na verdade, forjando naquele que nos ouve os nossos pensamentos e a nossa visão acerca do indivíduo acerca do qual falamos, daí nascem os famosos “grupinhos”, as classes dentro da igreja (subdivisões)... A carne se alimenta disso! É tudo o que ela quer! É tudo o que a alma quer para satisfazer suas inclinações. Não nos permitamos mais alimentá-la.

Finalizando essa palavra, a nossa alma é como chuchu, pega o gosto daquilo com o qual se mistura. Qual tem sido o gosto da nossa alma? A forma como nos encontramos, enquanto seres humanos, responde por nós. E, dependendo da resposta, temos uma esperança: O Senhor



Shallom Adonai!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

PROTESTO CONTRA A DEFORMAÇÃO DA REFORMA PROTESTANTE

A frase DEFORMANDO A REFORMA brotou em minha mente há alguns dias atrás. Que reforma. Aquela que fez com que nossas vidas fossem transformadas e salvas,
Isso mesmo, eu me refiro à Reforma Protestante!
Quer um exemplo que me respalde a crer que o protestantismo (Reforma) está sendo deformado? Atente para a seguinte característica da pré-reforma: A venda de indugência, ou seja; a comercialização da salvação, cura, prosperidade, etc.
Esse foi o principal motivo para que Lutero se destacasse dos demais religiosos, intuindo a libertação dos cristãos, que eram massacrados pela ignorância à Palavra. A igreja (clero) enriquecia a custa da falta de conhecimento das pessoas, pois não tinham acesso às escrituras pelo fato de as mesmas não terem, maldosamente, sido traduzidas para o idioma nativo.
Se Martin Lutero não tivesse se levantado como opositor à covardia que era feita aos cristãos (na maioria, camponeses); se ele não tivesse exteriorizado a sua revolta ante as mentiras eclesiásticas, que eram praticadas pelos líderes religiosos, as escrituras teriam permanecido sob o domínio de Roma, e, conseqüentemente, passaríamos por momentos de privação à tudo aquilo que Jesus conquistou prá nós na cruz do calvário, pois não saberíamos como fazer para sermos libertos e salvos por intermédio Dele.
Martin Lutero doou muitos anos de sua vida para que a bíblia fosse traduzida e, por conta disso, compreendida por seus leitores. Através da tradução da bíblia, a liberdade advinda da Palavra esteve ao alcance daqueles que outrora haviam sido enganados devido à falta de conhecimento da mesma. Pessoas pagaram com a vida o preço dessa liberdade que hoje temos. Mas, essas mesmas pessoas foram salvas, pelo fato de terem aprendido que os “produtos” que outrora lhes eram vendidos, na verdade faziam parte da graça que de Deus recebemos. Eles conheceram a verdade e por ela foram libertos.
Ao fazer o resumo do resumo da reforma luterana, eu tenho um objetivo: Chamar a tua atenção para a deformação de uma reforma.
Queridos, estão vendendo “produtos” da pré-reforma na pós-reforma. Entende? Não? Deixe-me ser mais claro! Quais eram esses “produtos”? Cura, prosperidade, libertação... Correto? Seria loucura minha se eu dissesse que esse comércio está a pleno vapor dentro de algumas igrejas evangélicas? Sabe qual é a diferença entre a comercialização desses “produtos” durante o passar dos anos? É que antes da reforma o povo os comprava por ignorância à Palavra, e hoje o povo compra por persuasão humana, e por uma voluntária falta de conhecimento das escrituras. Sabe o que falta a muitos “consumidores” hoje? A atitude dos crentes de Beréia, que examinavam tudo aquilo que Paulo lhes pregava.
Sabe qual é a impressão que tenho em relação a algumas coisas que vejo no nosso meio? Que muitos homens de Deus estão se especializando em vendas, para que ao fim de cada sermão uma venda seja bem sucedida. Você tem idéia dos “produtos” que estão sendo vendidos? Os mesmos que impulsionaram Lutero a emergir de dentro da igreja romana rumo a Grande Reforma.
Você, caro leitor, tem todo o direito de discordar das palavras proferidas nessa meditação, mas saiba, estou sendo fiel às minhas convicções. Posso estar equivocado? Sim. Mas, não me omito! Fique na paz!

sábado, 4 de junho de 2011

SENDO DONO DA PALAVRA

Para que nos tornemos dono de algo, necessário é que ajamos de alguma forma antes. Seja herdando, comprando ou trocando; uma ação é primordial para que nos tornemos dono de algo: Tomar posse.
Podemos herdar algo, comprar ou trocar algo; se não tomarmos posse, se não agirmos como donos, nos auto-saqueamos... É como se entregássemos a outrem aquilo que é nosso, melhor dizendo, é como se abdicássemos de usufruir de um bem. Você conhece alguém que herdou, comprou ou trocou algo, e que não dá valor a esse algo? Eu conheço! Funciona dessa forma; é impossível usufruir de um bem sem que antes nos apossemos dele, e posse aponta para interesse, reconhecimento e valorização. Aquilo que não valorizamos em nossas vidas, sai dela.
O cerne dessa meditação é algo primordial para que vivamos abundantemente nessa terra segundo a vontade de Deus prá nós: A Palavra.
Tendo como base a atitude do profeta Elias diante de Acabe, quando na ocasião ele disse que não cairia do céu nem chuva nem orvalho senão segundo sua palavra, eu gostaria de expressar e compartilhar o meu parecer acerca de Jo 15:7 que nos diz:

Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.

Repare que não basta estarmos em Jesus, Suas palavras devem estar em nós!
Às vezes me pego meditando sobre o fato de não ter conseguido ainda coisas que peço a Deus. Qual seria o motivo da demora... Seria tão-somente o fato de não ser o tempo de Dele ou pelo fato de Suas palavras não estarem em mim?
Estar em Deus sem que Suas palavras estejam em nós é hipocrisia (religiosidade), sabe por quê? A ausência da palavra em nós aponta para desobediência... A desobediência aponta para a desvalorização... E a desvalorização de algo, tende a fazer com que esse algo saia de nossas vidas. Estamos falando da Palavra de Deus, e falar Dela é falar de cura, libertação, prosperidade, autoridade e etc... O que seria de nós, enquanto servos de Deus, se não tivéssemos sido curados e libertos por Jesus mediante Sua Palavra? Paremos e reparemos nossas vidas hoje, é melhor ou pior do que outrora? Já imaginou nossas vidas hoje sem a direção advinda da Palavra?Aceitaríamos em nós a doença, a escravidão, a miséria e a ignomínia em todas as suas instâncias. Sabe quando corremos o risco de que isso aconteça conosco? Quando não nos permitimos ser hospedeiros, retentores e donos da Palavra. Dono da Palavra? É.
Vamos analisar a atitude de Elias diante de Acabe? (1 Rs 17:1)

Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.

Elias diz: “Segundo a minha palavra”. Ele era o quê? Profeta. Qual a função do profeta? Falar o que Deus manda. Logo, um profeta não fala por si, mas por Deus.
Pois bem, no início dessa mensagem eu mencionei que para sermos donos de algo, temos que primeiro nos apossarmos, correto?
Elias era profeta e profeta fala o que Deus manda! Quando o profeta Elias disse que não choveria senão segundo a sua palavra, estaria ele falando por si ou por Deus? Por Deus. Mas, se ele falava por Deus, por qual motivo ele disse “senão por minha palavra”? Pelo fato de não haver mais distinção entre a sua palavra e a Palavra de Deus, ou seja; Elias havia tomado posse da palavra, a palavra estava nele (lembra de Jo15:7 ?). Existia uma perfeita simetria na vida de Elias, a saber; ele estava em Deus e Deus estava nele, em suma; o poder de Deus estava operando nele (Ef 3:20).
Analisemos pois, se a demora na realização daquilo que temos pedido a Deus ou se a não concretização das palavras que saem de nossas bocas, entre outras coisas, não estão relacionadas com uma necessidade de mudança de comportamento ou mentalidade (Rm 12:2). Peçamos ao Espírito Santo o diagnóstico daquilo que temos sido diante de Deus... Fazendo assim, certamente experimentaremos da plenitude do Senhor em tudo o que fizermos mediante ao reconhecimento e arrependimento acerca do que Ele nos mostrar, e teremos com isso o caminho livre para, simetricamente, cumprirmos Jo 15:7, a saber; estarmos em Deus e Ele em nós.

sábado, 28 de maio de 2011

DEUS ESTÁ À NOSSA PROCURA PARA QUE O ACHEMOS

"...E serei achado de vós, diz o Senhor..."(Je 29:14)

Repare algo... O Senhor já nos encontrou. Onde? Na cruz do calvário... Fomos achados por ele!

Estávamos perdidos em meio ao pecado, mas, por meio de Seu sacrifício por nós, Ele nos achou.

A grande questão é: Nós já o encontramos mesmo, ou tudo o que fazemos não passa de pirotecnia religiosa?

É fácil perceber em determinados moveres "espirituais", a alma sobressaindo sobre o espírito... Tem pessoas, que pela necessidade de mostrarem-se espirituais,enganam-se a si mesmo. Seja pulando, rodopiando ou dizendo ASSIM DIZ O SENHOR... Enfim, querem demonstrar intimidade com Deus por meio de gestos, barulhos e atitudes naturais.

Se o nosso coração não for compatível com as nossas atitudes eclesiásticas, estaremos dando provas irrefutáveis de que ainda não achamos a Deus em verdade... Afinal, Deus está a procura de quem O ache! Ele já nos achou, agora Ele quer ser achado... Como achá-Lo então? Buscando-O de todo o nosso coração, e isso nada tem a ver com a forma como pregamos, dançamos, ensinamos ou atuamos na igreja... Tem a ver sim, com a forma como Deus responde a essas ações... Por exemplo, essa nota que você está prestes a terminar de ler pode gerar em você informação ou transformação, tudo vai depender do respaldo de Deus... Sem esse respaldo certamente você será apenas informado de que Deus está a sua procura... Agora, se o meu proceder, enquanto servo do Senhor, for sincero, certamente você será transformado pelo encontro que acontecerá com Ele, mediante a essa sinceridade que me respaldará.

Deus está a nossa procura para que O achemos.

Fique na paz!!

sábado, 2 de abril de 2011

SINCRONISMO: O MECANISMO QUE DEFINE UMA TROCA.

       
        Na vida é impossível não termos de fazer trocas. Seja na compra de uma roupa ou de um tênis cujo tamanho ficou pequeno ou grande, seja na aquisição de um bem que apresentou defeito no primeiro uso, enfim; se formos analisar friamente, veremos que nascem muitas vertentes quando o assunto é troca.
       Mas, qual a principal característica de uma troca? O sincronismo na entrega e no recebimento daquilo que está sendo trocado. Não existe troca enquanto as partes envolvidas na mesma não se moverem em direções opostas. Prá que troquemos uma roupa ou um tênis, é necessário que entreguemos à outra parte o objeto a ser trocado. Do contrário, a troca não se concretizará. Trocando em miúdos, trocar algo é dar e receber (ou vice-versa) ao mesmo tempo.
      Você deve estar se perguntando: Onde é que esse louco está querendo chegar ao abordar um assunto tão óbvio? Espero poder suprir essa indagação nessas próximas linhas.
      Irmãos, tendo como base o Evangelho de Matheus, capítulo 11, versículos 28, 29 e 30; eu quero falar de peso... Não, eu não quero falar de dietas, obesidade, etc. Eu quero abordar o estado de muitos de nós filhos, que insistimos em carregar cargas em detrimento àquela que nos foi proposta por Jesus na referência bíblica abaixo. Vejamos então:

28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
30 Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.


      Reparem algo... Jesus faz um convite pertinente a muitos, independente de serem da igreja ou não, ou de serem evangélicos ou não. E esse convite tange ao cansasso psicológico e espiritual. O cansasso físico é suprido por uma boa noite de sono, já os outros dois que foram citados não, muito pelo contrário, quando apresentamos traços de um cansasso psico-espiritual nem conseguimos dormir! Conseqüentemente, o descanso físico fica comprometido.
      Agora, eu tenho uma indagação a fazer, muito embora eu já tenha a resposta para a mesma: Por que mesmo tendo acesso a esse convite, muitos de nós, servos do Senhor, continuamos cansados e oprimidos... Você já parou para fazer essa indagação introspectiva? Penso eu, e você tem todo o direito de concordar ou não, que é pelo fato de não haver de nossa parte, o mecanismo de definição da troca proposta por Jesus no versículo 29. No contexto dessa palavra o mecanismo da troca chama-se sincronismo... Em que consiste esse sincronismo? Entregar o fardo pesado e receber o leve... E, apresentarmos a Deus o jugo que nos oprime, para que o mesmo seja quebrado pela unção que vem de Dele.
      É normal vermos pessoas querendo receber o fardo leve de Deus sem entregarem os seus? Por que isso ocorre? Devido ao fato de o fardo significar a prática que eles não querem renunciar, o perdão que eles não querem liberar, ou o erro que eles não têm coragem de assumir, O fardo leve de Deus sobre nós só surtirá efeito se aquele que outrora nos cansava for descartado, ou seja; lançado sobre Jesus... O mais difícil Ele já fez, que foi assumir os nossos erros... Ele nos propõe uma troca: "Dá-me o que você tem de ruim e receba tudo de bom que há em mim".
     Às vezes nós mesmos agimos de forma errada, pois, queremos o bem que vem de Deus e nos recusamos a dar a Ele aquilo que é podre, fétido e abominável que há em nós... E que se esconde no mais profundo de nosso ser... Que faz questão de não ser notado para que não seja combatido.
     Quanto ao jugo que Jesus nos propõe, ele tem em sua suavidade, não a imposição, mas o ensinamento daquilo que Deus quer prá nós, e que é o melhor. O jugo que o mundo nos impõe é voltado prá destruição da nossa vida e da vida alheia através de nós. 
     O plano do diabo é nos fazer de homens-bomba, isto é; matarmos com a nossa morte, em vez de gerarmos vida com a vida de Deus em nós.
     O descanso que precisamos não é aquele proveniente do sono suprido, nem daquele advindo de uma consulta ao psicólogo. O descanso que precisamos é aquele que vem de Deus e que é capaz, por meio de Sua palavra, de entrar na divisão da alma com o espírito. Ele sabe daquilo que precisamos, Ele sabe qual o remédio eficaz para as mazelas de nossa alma e para as inquietações de nosso espírito. O sono quando não vem naturalmente, pode ser induzido por remédios; os problemas psicológicos podem ser corrigidos com o acompanhamento de um profissional da área. Agora, e os problemas espirituais, como resolvê-los? É indo consultar os mortos? É ingressando no espiritismo? É fazendo pactos com o diabo? Claro que não! O diabo é sujo demais, é apto para enganar quem não tem a palavra de Deus como base de conhecimento. Permita-me comentar sobre um exemplo de jugo que está sobre muitos, é pertinente... Lembra de Saul quando foi consultar a feiticeira? Ele queria falar com Samuel que já era morto. Mas, a palavra não diz que não devemos consultar os mortos? Ao desobedecermos a essa palavra damos ao diabo a legalidade para que ele nos engane. O que foi que ocorreu nessa consulta de Saul à bruxa (ou seria mãe-de-santo?)? Vejamos I SM 28:7/19:

7 Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para que vá a ela, e consulte por ela. E os seus criados lhe disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem o espírito de adivinhar.
8 E Saul se disfarçou, e vestiu outras roupas, e foi ele com dois homens, e de noite chegaram à mulher; e disse: Peço-te que me adivinhes pelo espírito de feiticeira, e me faças subir a quem eu te disser.
9 Então a mulher lhe disse: Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os adivinhos e os encantadores; por que, pois, me armas um laço à minha vida, para me fazeres morrer?
10 Então Saul lhe jurou pelo SENHOR, dizendo: Vive o SENHOR, que nenhum mal te sobrevirá por isso.
11 A mulher então lhe disse: A quem te farei subir? E disse ele: Faze-me subir a Samuel.
12 Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou com alta voz, e falou a Saul, dizendo: Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul.
13 E o rei lhe disse: Não temas; que é que vês? Então a mulher disse a Saul: Vejo deuses que sobem da terra.
14 E lhe disse: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um homem ancião, e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e se prostrou.
15 Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir? Então disse Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se tem desviado de mim, e não me responde mais, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso te chamei a ti, para que me faças saber o que hei de fazer.
16 Então disse Samuel: Por que, pois, me perguntas a mim, visto que o SENHOR te tem desamparado, e se tem feito teu inimigo?
17 Porque o SENHOR tem feito para contigo como pela minha boca te disse, e o SENHOR tem rasgado o reino da tua mão, e o tem dado ao teu próximo, a Davi.
18 Como tu não deste ouvidos à voz do SENHOR, e não executaste o fervor da sua ira contra Amaleque, por isso o SENHOR te fez hoje isto.
19 E o SENHOR entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo; e o arraial de Israel o SENHOR entregará na mão dos filisteus.

    Para aqueles que não têm conhecimento da Palavra, Samuel voltou da “terra dos mortos”. Alguns espíritas baseiam suas práticas nessa passagem! Rapidamente eu queria chamar a tua atenção para alguns pontos desse texto, que são indícios da atuação do diabo:

(1) Deus não responde a Saul, então ele resolve consultar uma feiticeira (v.7). Deus se revelaria por meio de uma feiticeira?

(2) Quando o suposto Samuel aparece, a pergunta que ele faz a Saul o denuncia (v.15). Quando falamos de céu e inferno, onde fica o céu, em cima ou embaixo? Em cima. Então Samuel deveria descer não subir! Concorda?

(3) As palavras que o suposto Samuel usou foram palavras que já haviam sido ditas acerca do destino de Saul, o diabo apenas as repetiu! (v.16,17,18)

(4) O suposto Samuel se entregou no v.19, quando disse que Saul e seus filhos estariam com ele, ou seja; mortos. Pare e analise a vida de Saul e Samuel... Agora responda: Há a possibilidade de eles irem para o mesmo lugar?

    Antes que alguém argumente acerca da aparência de Samuel ante a pitonisa, a palavra diz em II Co 11:14 que satanás pode se transfigurar em anjo de luz. Lembrando que em Lc 16:19/31 está a parábola do rico e de Lázaro, que nos dá a certeza de quem não é possível os mortos se comunicarem com os vivos.
    Voltando ao cerne da mensagem, o caso de Saul retrata a condição de subjugados relacionada a muitos dentro e fora da igreja. Por exemplo, têm pessoas que são subjugadas pela mania de doença, elas não se conformam com o resultado negativo de um exame e querem fazer outro e mais outro, como que querendo achar um diagnóstico que decifre as dores e sintomas de uma doença que muitas das vezes não está no corpo, mas na alma e espírito. Esse jugo precisa ser quebrado para que em substituição a ele se receba o de Jesus, que é suave.

    Finalizando essa palavra, não basta atendermos ao convite de Jesus para irmos até Ele, se não estivermos dispostos a entregar os nossos fardos pesados e sairmos da condição de escravos. Tentemos, pois, se esse for o nosso caso... Quem sabe não é esse o passo que falta a ser dado para que usufruamos da plenitude da presença de Jesus em nossas vidas? Que Deus te abençoe!

sábado, 19 de março de 2011

"ACANISMO": PECADO OCULTO

Uma das vitórias mais marcantes conquistada pelos judeus foi a tomada de Jericó. Por que marcante? Pelo fato de ter sido a primeira cidade a ser subjugada por eles após atravessarem o Jordão (a seco).
Segundo pesquisadores, as muralhas de Jericó eram tão largas que podia passar um carro sobre elas. Isso nos pressupõe que Jericó era uma cidade fortificada. Além do mais, como se não bastasse tamanha fortificação, o povo daquela cidade estava preparado para guerrear, visto que a fama da liderança do Senhor sobre Israel corria como o vento.
Os soldados de Jericó estavam à espera do exército natural, para combaterem esses oponentes eles estavam preparados, o que eles não podiam combater era o exército celestial que estava à frente da batalha liderados pelo próprio Deus. Exército esse que entrou em ação mediante à ordem do Senhor através do brado coletivo dos israelitas. E assim, as muralhas foram ao chão.
A primeira de muitas vitórias havia se concretizado, segundo dissera o Senhor a Josué (Js 6:2):

Então disse o SENHOR a Josué: Olha, tenho dado na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus homens valorosos.

Para que essa mensagem seja compreendida ao seu final, teremos que rever as ordens dadas por Deus aos israelitas por intermédio de Josué, concernentes à tomada de Jericó. Daí nascerá a base do assunto a ser explanado por meio da mesma.
Pois bem, junto com as instruções para o ato profético que derrubaria as muralhas, Josué disse ao povo (Js 6:18/19):

Tão-somente guardai-vos do anátema, para que não toqueis nem tomeis alguma coisa dele, e assim façais maldito o arraial de Israel, e o perturbeis.
Porém toda a prata, e o ouro, e os vasos de metal, e de ferro são consagrados ao SENHOR; irão ao tesouro do SENHOR.


Repare algo, Deus dá a ordem e anuncia as conseqüências da desobediência à mesma. Não é assim conosco? Não é assim que funciona referente à Palavra? Somos instruídos a obedecer, e muitas vezes desobedecemos trazendo sobre nós as conseqüências desse ato.
O que acontece hoje com muitos cristãos, já acontecia naquela época, e o que aconteceu naquela época, já havia acontecido no princípio de tudo, com Adão: a desobediência.
Dadas as instruções, Israel tratou de pô-las em prática. Os israelitas deram as voltas que haviam sido estabelecidas por Deus em torno da cidade a ser conquistada, calaram-se quando era prá se calar e bradaram na hora que deveriam bradar. A obediência àquilo que Deus determinou foi a chave para que as muralhas fossem derrubadas e, conseqüentemente, para que a cidade fosse invadida e tomada. Sucesso total! Missão cumprida! Raabe salva com os seus, ouro e prata tomados para o tesouro do Senhor... Aparentemente tudo sob controle!
Vencida aquela batalha, veio a próxima cidade a ser tomada: Ai. Espias foram enviados por Josué com o intuito de ele ter a dimensão da batalha vindoura. O seguinte parecer foi dado a ele (Js 7:3):

E voltaram a Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam uns dois mil, ou três mil homens, a ferir a Ai; não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos são.

Na primeira investida de Israel, três mil homens vão à batalha... Resultado: Derrota!!!
Mas, como é possível isso? Em comparação à tomada de Jericó, tomar Ai seria fácil demais!
Algo estava errado... Alguma coisa estava fora da ordem... Deve ter sido esse o pensamento de Josué diante da derrota a qual seus comandados foram submetidos.
Já aconteceu isso contigo? Comigo já! Às vezes, diante de uma situação extremamente difícil, pensamos: ‘Só Deus mesmo. ’ E entregamos o controle em suas mãos, alcançando com esse ato, a vitória sobre a circunstância adversa. Por outro lado, têm situações em nossas vidas que têm tudo prá dar certo... É impensável dar errado... A chance de derrota é zero! Mas, no fim, dá tudo errado... Acontece o inimaginável... Ficamos estarrecidos diante daquilo que humanamente era improvável acontecer. Sabe por que isso acontece? Porque tomamos a frente de Deus confiando em nosso próprio braço. Como é que se toma a frente de Deus? Quando ignoramos Jo 15:5 que diz: ‘ Sem mim nada podeis fazer. ’ E quando desobedecemos à Palavra.
O que fez as muralhas caírem não foi o brado do povo, mas, a obediência àquilo que havia sido determinado por Deus. O que levou Israel à derrota inicial na tomada de Ai não foi a sua fragilidade enquanto exército, mas, a desobediência às ordens de Deus na tomada de Jericó.
Não somos capazes de vencer uma batalha sozinhos, mas, podemos levar aqueles que estão conosco à derrota. Quer base prá essa afirmação? Veja Js 7:1:

E transgrediram os filhos de Israel no anátema; porque Acã filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do SENHOR se acendeu contra os filhos de Israel.

Lembra das instruções dadas por Deus precedentemente à tomada de Jericó? Agora veja o que Acã fez (7:20/21):

E respondeu Acã a Josué, e disse: Verdadeiramente pequei contra o SENHOR Deus de Israel, e fiz assim e assim.
Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro, do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata por baixo dela.

Acã não apenas tomou prá si aquilo que havia sido amaldiçoado por Deus, como tomou prá si aquilo que havia sido consagrado à Deus. Esse foi o motivo da derrota israelita ante Ai.
Chegamos, então, no cerne dessa mensagem: Pecados ocultos.
A palavra diz em Mt 10:26 que não existe nada que esteja encoberto que não venha a ser revelado. Porém, quando o que está encoberto tem a ver com pecados cometidos, as conseqüências são seriíssimas. Da origem do pecado à sua exposição, muitas coisas podem acontecer. Que coisas, por exemplo? Eu gostaria de usar a estagnação de muitos cristãos e, conseqüentemente, de muitas igrejas como base para essa reflexão.
Já repararam que existem igrejas que em vez de crescerem e gerarem vida decrescem e morrem? Já repararam que têm igrejas que são como sacos furados, onde pessoas entram pela porta da frente (confessam Jesus) e saem pela porta dos fundos (desviam-se)? Já repararam que têm igrejas que vivem miseravelmente (não conseguem nem pagar as contas)? Já ouviram falar de igrejas onde líderes rebelam-se com o intuito terem o seu próprio ministério, como se ter um ministério próprio fosse como abrir um negócio? Já repararam que têm igrejas que parecem arenas de gladiadores, onde líderes e liderados atacam seus semelhantes respectivamente?
Eu fiz cinco indagações acima, certamente você deve ter identificado alguma em sua caminhada cristã (quem sabe todas?). Existem outros fenômenos similares e até piores do que esses que eu citei, dentro do clero, que poderiam ser citados também. Mas, eu penso que um desses já bastaria!
Às vezes, caro leitor, perguntamos o porquê de tantas derrotas entre o povo de Deus. Não entendemos, não mensuramos, ficamos estupefatos diante do revés sofrido por muitos crentes (incluamo-nos nisso!). Os israelitas sentiram-se dessa forma... Eles certamente não entenderam os motivos que os levaram a sucumbirem diante de um exército tão pequeno, visto que eles vinham de uma vitória esmagadora sobre Jericó. Como obter as respostas necessárias para essas indagações? Fazendo como Josué fez, ou seja; humilhar-se diante de Deus, consultá-Lo e santificar-se. Sinonimizando respectivamente essas três ações, quebrantar-se (reconhecer que não somos nada sem Ele e que Ele tem que ser tudo em nós), buscá-Lo através de Sua Palavra (leitura, oração, jejum) e abandonarmos o pecado oculto (não confessado) confessando-o.
Veja como hoje nós somos privilegiados em relação à Acã: Ele confessou o seu pecado. Sim ou não? Qual foi a sentença para ele? A morte. E se fosse hoje, Acã morreria? Não. Por quê? Jesus já teria morrido por ele!
Se não fosse por Jesus, faltariam cemitérios para enterrar pecadores como Acã. Ou não existe hoje alguém que roube aquilo que é consagrado a Deus? Ou aquilo que é maldito (ladrão que rouba ladrão)?
A graça e a misericórdia de Deus é que fazem a diferença a nosso favor! Se não fosse pela graça, líderes adúlteros, inadimplentes, corruptos e egocêntricos não conseguiriam descer dos púlpitos após pregarem uma mensagem cuja mesma falasse contra essas coisas... Se não fosse pela misericórdia do Senhor, já teríamos perdido filhos, empregos, carros, casas e etc. Depois de cantarmos músicas cujo refrão é: ‘Abro mão dos meus sonhos, abro mão dos meus planos, abro mão da minha vida por Ti... ’ Ou então: ‘ Se quiser levar tudo o que eu tenho, pode levar, veio de tuas mãos... ’ Ou: ‘ Vem com o peso da Tua glória... ’ (como se nossa carne suportasse isso!).
Estou errado? Estarei sendo exagerado se disser que muitos projetos ministeriais não prosperam pelo fato de haverem na vida dos ministros, distorções ideológicas, comportamentais ou sexuais, entre outras? Será surreal se eu afirmar que a estagnação de muitas igrejas está vinculada aos pecados ocultos de suas lideranças?
O tempo passa, costumes e culturas mudam, mas existe uma característica marcante concernente à Palavra de Deus: Atemporalidade. De Adão, passando por Acã até chegar a nós, a transgressão é a semente da punição, e isso é imutável.
Concluindo essa palavra, enquanto nos acovardarmos diante daquilo que nos impede de sermos canais de bênção nas mãos de Deus, estaremos caminhando a passos largos rumo à perdição. Mas, a partir do momento em que confessarmos os nossos pecados uns aos outros sem medo de perdermos o cargo, o título ou a nossa posição eclesiástica, segundo está escrito em Tiago 5:16, seremos sarados dessa doença potencialmente contagiosa, que é disseminada por palavras liberadas e imposição de mãos. Que doença é essa? O acanismo.
Eu agradeço ao Pai por não ter sido exterminado ao concluir essa palavra. Por quê? Você acha o quê? Antes de essa mensagem chegar a você ela veio a mim... Se você estiver se sentindo constrangido após lê-la, saiba que você não é o único, estamos juntos nessa!
Encaremos, pois o desafio de rasgar não as nossas vestes, mas, o nosso coração diante de Deus para que sejamos restaurados não através da informação, mas da conversão da mesma em ação. Deus conta conosco!!!!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

MATE O LEÃO OU SEJA MORTO POR ELE

Certamente você já deve ter ouvido ou dito a seguinte frase: ‘Eu tenho que matar um leão por dia. ’
Essa frase pode significar uma infinidade de coisas; por exemplo: limitações para se fazer algo imprescindível, inclinações sexuais, tendência a levar vantagem em tudo, enfim... Esses exemplos podem ser ampliados por vertentes.
Quando Jesus entra em nossa vida e, com isso, muda o nosso viver; isso não significa que tudo que outrora apresentávamos em termos de distorção de caráter desaparecerá, muito pelo contrário, essas distorções tentarão suplantar o fato de termos recebido a Jesus em nossas vidas, mediante ao reconhecimento de que somos falhos, pecadores natos!
A nova criatura não é perfeita... Ela leva consigo mazelas que influenciam seu comportamento (mesmo dentro da igreja), e que precisam ser vencidas. Como vencê-las? Através de uma troca de caráter. Temos que deixar Jesus forjar em nós o Seu caráter, que é o oposto do nosso; e isso requer muito esforço e luta de nossa parte.
A figura do leão é algo pertinente para retratar o assunto dessa mensagem. Sendo assim, têm quatro coisas que eu gostaria de compartilhar contigo, caro leitor; e que estão respaldadas na Palavra, que são:

1) A POSTURA DE SATANÁS EM RELAÇÃO A NÓS. (I PE 5:8)

Ao analisarmos esse versículo, perceberemos que satanás está pronto prá dar o bote em nós. O que ele aguarda para dar esse bote? A invasão de seu território.
Pedro faz uma comparação com um leão bramando em busca da presa.
Max Lucado, em um de seus livros, fala sobre a postura de um leão ante a presa, baseado no que certamente já vimos nas emissoras de TV cuja programação é voltada para o comportamento animal (NatGeo, Animal Planet,etc...).
Todo leão tem seu território, e ele não caça fora dele. Esse grande escritor retrata uma manada de guinús na selva, invadindo o território dos leões. Nessa invasão o leão se aproxima da manada. O que ele faz? Brama alto ante aqueles animais. Qual seria o seu objetivo? Fazer com que haja uma fuga desses animais, e através dessa fuga, visualizar em meio à manada os animais fracos, debilitados e doentes. Feita essa visualização, adivinha quem ele atacará? Isso mesmo! Os fracos, os doentes e debilitados. A intenção do leão ao bramar é expor as fraquezas dos componentes da manada. Por quê? Por que os fracos não têm forças para fugir, são presas fáceis!
Aplicando isso em nossas vidas, baseado em 1 PE 5:8, satanás é o leão, os guinús somos nós e o território do leão é o pecado. Quando pecamos, invadimos o território de satanás... Nessa invasão ele brama, e esse bramar tem como objetivo expor as nossas fraquezas, ou seja; se a nossa fraqueza é mulher, o seu bramar pode ser silencioso, sutil, insinuante... Por exemplo, uma piscadinha de olho, um olhar provocante, um toque insinuante, enfim; se estivermos fracos, certamente seremos tragados por uma leoa loira de olhos azuis ou quem sabe por uma morena alta com olhos cor de mel.
Se a nossa fraqueza é dinheiro, o bramar do leão virá na forma de uma proposta mirabolante, onde se conseguirá muito dinheiro em pouco tempo, e com pouco trabalho. Detalhe: através de um golpe ou da receptação de produtos furtados. Se estivermos fracos, certamente seremos tragados pelo leão cujo nome será ‘Bangu’, Catanduva, Polinter, etc.
Essa é a postura de satanás em relação a nós.

2) A NOSSA POSTURA EM RELAÇÃO A SATANÁS. (1 CR 12:8)


O leão é conhecido como o rei da selva, pelo fato de ser um animal destemido, feroz, guerreiro, etc. As características dos leões devem fazer parte do nosso caráter se quisermos resistir às investidas do diabo contra nós. Os leões são respeitados por conta da intimidação provocada pela sua postura. Satanás tem que se sentir intimidado pela nossa postura!
Em 1 Cr 12:8, vemos o seguinte acerca dos gaditas que juntaram-se a Davi no deserto quando ele fugia de Saul:

...valentes, homens de guerra para pelejar, armados com escudo e lança; e seus rostos eram como rostos de leões...

Como é que se adquire a postura de guerreiro em relação ao diabo e ao pecado? Entendendo que essa postura só pode ser adquirida quando buscada no plano espiritual... Satanás é um ser espiritual, e só pode ser combatido nesse plano! Como é que se adquirem armas espirituais? Matando o leão que há dentro de nós (a carne). A única coisa que fortalece o espírito é a morte de nosso ‘Eu’ (renúncia). Fazendo assim, não apenas o diabo, mas as pessoas ao nosso redor verão as nossas faces como que de leões prontos prá batalha.

3) CONQUISTANDO O FAVOR DO SENHOR NESSA BATALHA. (DN 6:16/22)

A fidelidade de Deus para conosco é incondicional, ainda que sejamos infiéis com Ele. Imagine se formos fiéis? Daniel é um exemplo disso! Tentaram impor a Daniel que adorasse a outro deus em detrimento ao único digno de receber todo o louvor e adoração. Daniel não se curvou... Ele permaneceu fiel até o fim! A fidelidade de Daniel a Deus, Fez com que a boca dos leões fosse fechada.
O segredo para obtermos a vitória sobre as nossas limitações é sermos fiéis ao Senhor. Sabe por quê? É Dele que vem a vitória! Será que se fosse eu ou você, que estivesse naquela cova, seríamos poupados? Será que em nós há tamanha fidelidade? Essa pergunta é prá ser respondida de forma introspectiva.
A resposta de Deus à nossa fidelidade a Ele faz com que pessoas reconheçam em Deus Seu senhorio... Foi assim com Nabucodonosor, e será assim com todo aquele que ver em nossas vidas, a prova de Sua fidelidade.

4) O DESTINO DE QUEM DESOBEDECE A DEUS. (1 RS 13:11/24)

A desobediência aos mandamentos e preceitos da Palavra, às vezes, trás conseqüências irreparáveis. Quando a Palavra diz: ‘Não adulterarás, não roubarás, não matarás, etc...’ e praticamos esses atos, estamos expostos ao juízo. A Palavra é a nossa direção... Se rejeitarmos o cumprimento da Palavra, rejeitamos o caminho que ela nos propõe, a saber: A vida eterna.
Em 1 RS 13:11/24, temos um exemplo do destino que está proposto ao servo desobediente. Um profeta de Deus recebe a ordem para profetizar contra o altar que havia sido profanado por Jeroboão... Cumprida a ordem, e comprovada por meio de um sinal de Deus, Jeroboão convida o profeta para comer e beber em sua casa... O que prontamente é rechaçado por ele, visto que Deus junto com a ordem da profecia havia dado outras três: Não comerás, não beberás e não voltarás pelo mesmo caminho.
Prontamente, o profeta obedeceu... Ele não comeu, não bebeu e não voltou por onde veio. Agora, eu ter pergunto: Veio da parte de Deus o convite de Jeroboão? Claro que não! Deus não se contradiz... Se não veio de Deus veio de quem? Do diabo.
Satanás não desiste. O profeta saiu-se vencedor naquela ocasião, afinal, perceber a voz do diabo através de Jeroboão é mole, ele adorava bezerros!
Agora, e quando o engano vem da boca de um profeta; será que é fácil? Eu presumo que não!
A Palavra diz que um velho profeta, ao ouvir o feito do homem que fora usado para predizer contra o altar, procurou encontrá-lo. Qual seria a motivação desse velho profeta ao querer encontrá-lo? Não podemos esquecer que além do leão que está dentro de nós, existe um leão a nosso derredor. E esse leão usa quem dá lugar a ele.
Eu tenho prá mim que o que levou o velho profeta a querer encontrar aquele homem foi a inveja. Qual a base para esse pensamento? Ele ouviu pela boca de seus discípulos que alguém foi poderosamente usado por Deus para trazer uma revelação em nível de reino. E com sinais... A Palavra se refere a esse profeta não como um profeta velho (cronologicamente), mas como um velho profeta (ultrapassado). O que passa na cabeça de um profeta ultrapassado, quando vê que Deus está fazendo algo novo e ele não está incluído nessa novidade? Isso é muito atual... Existem profetas que não ouvem mais a voz de Deus, não têm mais visões e não têm mais revelações. Esses profetas quando vêem pessoas sendo usada com tudo aquilo que outrora ele tinha e não tem mais, sente-se preterido ou substituído. Esse sentimento abre um campo de atuação para o diabo; campo esse chamado: inveja.
No versículo 18, o velho profeta diz para o homem de Deus, que um anjo o mandara repousar em sua casa, comer e beber. Mas, não foi isso que Deus ordenou!
Sabe o que eu entendo nisso tudo? A fome e sede desse homem o fez desprezar a necessidade de que deve haver um sinal de Deus em toda a profecia feita em Seu nome. Jeroboão teve um sinal de confirmação de que vinha de Deus a profecia contra o altar.
Têm pessoas caindo nessa armadilha! Tem gente que houve uma profecia e não se preocupa em pedir a Deus um sinal de autenticidade. Por que agem dessa forma? Por que a suposta profecia é favorável... Por que tem haver com a sua necessidade... Aquele homem certamente estava com fome e sede, e a sua necessidade de comer e beber o levou a crer numa mentira e a, conseqüentemente, desobedecer.
Em que resultou essa desobediência? Leia o verso 24:

Este, pois, se foi, e um leão o encontrou no caminho, e o matou; e o seu cadáver ficou estendido no caminho, e o jumento estava parado junto a ele, e também o leão estava junto ao cadáver.

Repare no fato de que o leão não o devorou, ele o matou; e de que o jumento saiu ileso!
A natureza do leão o manda devorar, mas; o leão estava ali para executar um juízo advindo da desobediência.
Concluindo essa palavra, se formos obedientes a Deus, jamais seremos mortos pelo leão que representa satanás. Sabe por quê? Pelo fato de termos alguém que é maior que ele a nosso favor. Por conta de termos a Jesus, o Leão da Tribo de Judá!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SOMOS UM MILAGRE...O QUE FAZER AGORA?

Todas as vezes que pensamos em milagres pensamos em coisas mirabolantes, extraordinárias ou espetaculares. Quem não se lembra da abertura do Mar Vermelho?
Ou das ressurreições promovidas por alguns profetas e por alguns apóstolos? Ou da retirada de água da rocha em pleno deserto, bem como o maná que caía do céu? Enfim, são muitos exemplos que podemos tirar da Palavra de Deus. Mas, se buscarmos uma definição para o significado da palavra milagre, acharemos a seguinte: Se trata de uma intervenção sobrenatural de Deus na vida do ser humano.
É a partir dessa definição que iremos analisar pelo menos três situações concernentes ao fato de sermos um milagre de Deus.
Segundo a definição do que é um milagre, utilizada nessa mensagem, não é necessário que o mar se abra novamente, ou que o sol pare, ou que o morto ressuscite para que o mesmo seja evidenciado. Basta que um homem ou uma mulher diga quem era sem Deus, e diga o que é agora na presença Dele.
O grande milagre feito por Deus em pró da humanidade foi o sacrifício de Jesus. A partir desse ato sublime de amor, muitas vidas foram salvas das mãos do diabo.
Eu sou um milagre de Deus, e você? Quando entendemos que Deus agiu em nossas vidas, mudou a nossa história e nos deu uma nova mentalidade e uma nova visão do que é viver abundantemente, precisamos entender também que, enquanto exemplos de milagre que somos, temos três coisas para serem observadas, que serão extraídas do Evangelho de João (12:9/11) que nos diz:

9 E muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dentre os mortos.
10 E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro;
11 Porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus.


Lendo esses três versículos, fica explícito o personagem central a ser usado como base para as três observações que faremos: Lázaro.
Contextualizando, Jesus já havia ressuscitado a Lázaro, e seis dias antes da Páscoa Ele retorna a Betânia (lugar onde Lázaro ressuscitara). Uma ceia foi feita para Jesus, uma grande demonstração de amor, gratidão e adoração foi dada a Ele por Maria (irmã de Lázaro), que ungiu seus pés com um arrátel de ungüento de nardo puro (algo muito caro!).
A presença de Jesus ali atraiu muitas pessoas (boas e más). Ali estavam pessoas simples, mas também os principais dos sacerdotes, cheios de más intenções.

Vejamos, então, esses três pontos a serem analisados:

1) Quanto maior for o milagre de Deus em nossa vida, maior será a nossa visibilidade por parte das pessoas. (v. 9)
2) Quanto maior for o milagre de Deus em nossa vida, maior será o ódio de satanás por nós. (v. 10)
3) Quanto maior for o milagre de Deus em nossa vida, maior será a nossa responsabilidade de testemunhá-lo. (v. 11)

Reparem que no versículo 9 as pessoas vão à Betânia para verem não só a Jesus, mas também a Lázaro. Por quê? Pelo fato de muitos terem visto Lázaro morto, e pelo fato de muitos terem participado de seu velório. Eles estavam diante da oportunidade de o verem ressurreto. O que podemos aprender com isso? Quando recebemos a intervenção de Deus em nossas vidas, recebemos também a Sua presença conosco, em nossa casa, à mesa, participando de tudo. Essa presença passa a ser admirada primeiramente, depois desejada. Pelo fato das pessoas compararem o nosso passado com o nosso presente. Por verem quem éramos e quem passamos a ser.
Quando somos transformados por um milagre, podemos, sem palavras, atrair a muitos para Jesus. Lembra daquele bêbado que vivia deitado pelas calçadas? E daquele traficante? E daquele brigão que vivia arrumando confusão com todo mundo? Você já deve ter conhecido alguém assim! E você já deve ter visto o Senhor intervir nessas vidas!
Portanto, Milagre, sorria... Você está sendo filmado!

No versículo 10, fica bem clara a posição de satanás em relação àquele que foi tirado da morte e posto na vida. Como foi mencionado no princípio dessa mensagem, a presença de Jesus e Lázaro naquele local, atraiu pessoas boas e pessoas más. Alguns queriam ver a vida que fora restituída através de um milagre, outros queriam dar fim a ela novamente. A popularidade de Jesus crescia astronomicamente entre os judeus, e esse crescimento incomodava por demais os governantes daquela época (religiosos e políticos). Eles tinham medo que houvesse uma revolução por parte do povo, eles temiam que Jesus fosse levantado rei sobre a nação, e, conseqüentemente, os religiosos perderiam espaço, visto que Jesus a todo o momento os confrontava.
Resumindo, eles queriam impedir que o reino de Jesus fosse estabelecido sobre a nação, assim como satanás quer impedir que o Reino de Deus chegue até nós.
Jesus era notado pelo povo não apenas por palavras, mas pelos sinais que fazia e pelos milagres que operava. Lázaro era um desses milagres! Por isso intentavam matá-lo também. Satanás quer que morramos, mas não com Jesus, ele nos quer longe Dele. A morte que interessa a ele é a espiritual, pois, morrer espiritualmente significa afastamento de Deus, afastamento de Deus nos leva a retornar para a morte da qual fomos tirados, a diferença é, voltaremos por livre e espontânea vontade, estaremos nessa condição de morte não por causa de Adão, mas, por nossa própria causa. Isso nos deixa mais expostos aos ataques do diabo, visto que voltamos a um lugar onde existíamos não vivíamos, de forma condicional, de onde fomos tirados, e retornamos a esse lugar de forma proposital, que é fruto da morte espiritual. Aí sim, nessa condição, se não retornarmos, seremos levados à morte literal.
Você é um milagre de Deus? Eu sou! Não nos enganemos, satanás busca a nossa morte, com o intuito de impedir que o Reino de Deus seja estabelecido através de nós.

E, finalmente, chegamos ao versículo 11, que diz: Porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus.
Lázaro era um testemunho vivo do poder de Deus por meio de Jesus. As pessoas iam, viam e criam em Jesus quando o via. É responsabilidade nossa, enquanto milagres de Deus, de testemunharmos tudo o que foi feito por Ele a nosso favor. Seja falando ou vivendo, temos que apregoar que Jesus Cristo é o Senhor, e que fora Dele não há salvação. E dentro dessa responsabilidade está o dever de lutarmos para que não haja discrepância entre o que falamos e o que vivemos, impedindo assim que a hipocrisia tome conta do nosso viver, e faça com que as pessoas relutem contra a palavra que sai da nossa boca acerca de Cristo.
Concluindo essa palavra, não basta sermos um milagre, temos que ser um canal de milagres, prá que através de nós outras vidas sejam alcançadas.

A PERFEITA IMPERFEIÇÃO

 De repente me bateu um constrangimento... Comecei a meditar na atitude de Deus em comprar aquilo que para o mundo não tinha nenhum valor, p...