terça-feira, 27 de dezembro de 2011

NOSSA ETERNIDADE EM ALTA DEFINIÇÃO

      Eu inicio essa palavra, falando de algo que é bastante comum na vida de muitos, de algo desagradável na vida de quem não está acostumado a ser cobrado... Isso mesmo que você deve ter pensado: SPC.
      Será que, assim como eu, você já passou por isso? É desagradável ou não é, sermos tratados de forma descriminatória em meio ao ato de adiquirir algo à prazo? Como ocorre essa situação? Quando vamos comprar algo, e nem imaginamos que, por inadimplência, voluntária ou não, somos surpreendidos com a seguinte frase:”Seu crédito não foi aprovado.” Já passou por isso? Eu já! E é muito desagradável. Dá uma sensação de que tudo à sua volta se apagou, e que sobre você foi direcionado um holofote. Mas, eles não têm culpa. É o trabalho deles. Se eles não têm culpa, quem seria o culpado? Seria aquele amigo ou parente no qual confiamos tanto, a ponto de emprestarmos o nosso cartão ou cheque a ele para que algo fosse comprado? Claro que não! A culpa é nossa, pois o nome é nosso! Pendência é pendência não importam as circunstâncias pelas quais elas surgiram!
      Feita essa introdução, fica claro o cerne dessa mensagem, é ou não é? SPC aponta para dívida, que é sinônimo de pendência. E esse estado é o retrato de muitos de nós cristãos. Em Rm 13:8, Paulo nos diz:

“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.”

     Dever algo é uma pendência. Repare que Paulo, falando de dívida, no versículo anterior a esse citado acima, faz referência a coisas naturais (tributos e impostos), mas, ele logo cria vertentes, ele passa a falar de coisas abstratas (honra e amor). Seguindo esse caminho de pensamento deixado por Paulo, eu gostaria de chamar à tua atenção para uma dívida que muitos de nós, servos do Senhor, temos (quem sabe até mesmo eu que escrevo ou você que está lendo) e exitamos em pagar. Que dívida é essa? O perdão. Se você tem alguém a quem deva pedir perdão ou alguém a quem deva perdoar, certamente sabe do que eu estou falando. O perdão, ativo ou passivo, não é uma opção e sim uma decisão a ser tomada. Vejamos Jo 20:23:

“Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.”

      Sendo assim, imaginemo-nos diante de um espelho... O que vemos? Nós mesmos, obviamente. Agora, substituamos o espelho pelo rosto daquele a quem devemos perdoar ou pedir perdão... O que vemos? Um condenado ou um absolvido? O que estiver diante de nós, a projeção da imagem em nossos olhos, visto que metaforicamente estamos diante de um espelho, é o que determinará a nossa projeção aos olhos de Deus. Por que esse ponto de vista? Devido ao fato de termos um modelo a ser seguido. Que modelo é esse? O versículo acima. Em suma, perdoar ou condenar alguém, é como estar diante de um espelho (fazendo essas coisas a si próprio). Acerca desse assunto, eu quero trazer uma nova vertente: Não sabemos o dia em que partiremos para a eternidade. Que tipo de risco corremos quando procrastinamos a decisão de perdoarmos ou pedirmos perdão a alguém? Além de sermos reprovados no exercício ensinado por Jesus na cruz, nos tornaremos cadáveres ambulantes. Entendeu ou não? Deixe-me ser mais claro. Imagine alguém que muito te magoou, seja por meio de uma traição, palavra ou calúnia, enfim... Agora, imagine esse mesmo alguém te pedindo perdão e recebendo uma negativa tua... Finalmente, imagine o seu agressor arrependido partindo dessa vida sem o teu perdão... Quem está morto na verdade, você que está vivo ou ele que se foi? Naturalmente falando, ele. Mas, aos olhos de Deus, os papéis se invertem: O outrora traidor passou da morte para a vida por meio do perdão pedido; por outro lado, o rancoroso (crente) se também fosse chamado naquele momento, estaria passando da vida para a morte. Muitos têm perdido a salvação dessa forma, ou seja, não querem abrir mão do fardo pesado que carregam (a decisão de perdoar ou pedir perdão, por exemplo), mas querem o fardo leve do Senhor. Assim não dá! A salvação é como uma escalada. O fardo de Jesus é tão leve que nos sentimos como que se tivéssemos asas sobre nós, asas que nos fazem subir como se fossemos águias. Já o fardo pesado nos puxa para baixo e nos impede de chegar no alvo dessa grande escalada chamada salvação.
      Por outro lado, você foi o agressor, ou traidor, enfim... Já imaginou a tragédia que seria, se você morresse sem ter se acertado com a tua vítima? Sem ter se arrependido do mal causado, e sem ter respaldado o teu arrependimento através da atitude de pedir perdão? Existe, segundo a Palavra, condição de sermos salvos sob essas condições, com essas pendências? Não. Hebreus 12:14 define essas questões:

 “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;”

 O ato de perdoar ou pedir perdão precede a paz e a santificação que precedem a salvação. Não é da vontade de Deus que ninguém se perca. Ele é longânimo e misericordioso. Ele sempre permitirá a oportunidade do acerto, mas, ele respeitará a nossa escolha de nos acertarmos ou não.
      Por fim, como já foi frisado, pendência é pendência. Seja financeira ou espiritual, elas trazem consequências. Naturalmente, se eu compro a prazo e não pago, perco o meu direito ao crédito; já espiritualmente, se não consigo refletir nas pessoas a imagem projetada por Jesus na cruz, ou seja, a de perdoador, eu perco o meu direito ao Seu perdão. Não tem meio termo! A Palavra nos diz que devemos nos examinar. Ao praticarmos esse ato, qual seria o diagnóstico que encontraríamos acerca desse assunto?  
      Vale à pena praticarmos isso, pois, daí virá a incontestabilidade necessária para sermos absolutamente salvos... Ou não!

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