domingo, 26 de abril de 2015

SÍNDROME DE AVATAR

A tecnologia tem avançado assustadoramente no tempo que se chama hoje. Sejam lá em quais áreas forem, temos visto invenções tornarem-se obsoletas rapidamente!
O crescimento tecnologico tem proporcionado à pessoas simples a oportunidade de se relacionarem com familiares e conhecidos que estão a milhares de quilômetros de distância uns dos outros. Esse é um ponto extremamente positivo!

Poderíamos falar de muitos assuntos relacionados ao campo tecnológico... Poderíamos ter várias perspectivas de visão acerca desse avanço, mas, eu vou me ater a algo que está muito explícito na vida de muitas pessoas, e que tem levado muitos ao engano: a síndrome de avatar.

Você deve, de uma forma introspectiva, estar se perguntando: "Que doença é essa?" É o que eu vou tentar explicar nas próximas linhas.
Você já deve ter assistido ao filme AVATAR, não é mesmo? Esse longa metragem fez muito sucesso na década passada, o que o tornou um campeão de bilheteria em todo o mundo.
Pois bem, o sinopse do filme é a seguinte: Um rapaz paralítico passa a fazer parte de um programa onde em sua mente é plugado algo que o leva à uma realidade virtual... Um outro mundo, uma outra vida, sem paralisia ou qualquer tipo de limitação.
Não me recordo de detalhes, mas, no final, esse mesmo rapaz encontra a possibilidade de escolher entre essas duas vidas. Em uma, ele é um ser humano que faz uso de uma cadeira de rodas, já na outra ele é um guerreiro alienígena, com muito conceito entre seu povo. Daí eu te pergunto retoricamente: " Que tipo de ensinamento podemos retirar dessa estória cinematográfica?" Muitos!
A facilidade de se criar um perfil, a acessibilidade das pessoas ao mundo virtual, à aquisição de computadores, tablets e smartphones, tem contribuído sumariamente com esse fenômeno tecnológico. Qual seria a síntese desse texto? A rota de fuga proporcionada pelas redes sociais, onde pessoas que estão fora dos padrões impostos pela sociedade vêem na criação de um perfil virtual a chance de serem quem não são, mas, que sempre quiseram ser.
Tem uma música da roqueira Pitty que diz o seguinte:
"O importante é ser você, mesmo que seja estranho. O importante é ser você, mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro..."
Guardadas as devidas proporções, esse proceder agrada a Deus. Sermos quem nós somos aponta para sinceridade diante Dele; aceitarmos nossas deficiências pode nos levar a corrigí-las realmente, não de forma virtual. Mas, o que leva pessoas a trocarem suas personalidades reais pelas virtuais? A necessidade de serem aceitos.
Virtualmente, não existem magrelos, gorduchos, baixinhos, gigantes, narigudos, orelhudos, enfim... Eu poderia ficar aqui horas enumerando um monte de apelidos utilizados para definir a aparência dos seres humanos.
No mundo virtual todos são sarados no corpo, na alma e no espírito; todos são bonitos, bem de vida, inteligentes, poetas, felizes familiarmente, bem sucedidos profissionalmente, em suma, não existem problemas, mas, soluções!
Todos são assim? Não. Mas, grande parte! A vida virtual, ou second life, trás uma falsa sensação de independência. Podemos ser o que quisermos... Podemos dar vasão à nossa imaginação! Podemos ir de intelectuais à modelos fotográficos... De poetas à galã, enfim... Temos um mundo de holografias para manifestar em nossa realidade.
Essa situação é tão séria, que têm pessoas deixando de lado suas vidas reais para viverem uma virtualidade que traz uma falsa sensação de realização, mas que, na verdade, desmorona diante da primeira adversidade real.
Mulheres esquecem marido e filhos... Homens trocam suas esposas por aventuras amorosas... Filhos entregam-se aos convites para as drogas, pedofilia (ativa ou passiva!), ao glamour, e a tantas outras situações que degradam a essência do ser real.
O interessante nisso tudo é que o mundo virtual, mesmo não sendo real, traz suas consequências para a realidade de quem o vive. No final das contas, a impossibilidade de vivê-lo acarretará na separação de casais, na introdução de jovens no mundo das drogas, da prostituição, do terrorismo, etc... E na destruição da base que mantém o equilíbrio de ser humano: a família.
Toda queda é precedida por um desequilíbrio. Ninguém cai de repente!
E é justamente essa falta de equilíbrio entre esses mundos que tem feito um strike na vida de tanta gente querida por Deus.
A Palavra de Deus diz que se o Filho nos libertar, verdadeiramente seremos livres. Jesus é a Verdade absoluta que desfaz todo o sofisma que tem induzido pessoas à mergulharem em um mentiroso mundo de faz de conta, onde pessoas fazem da Liberdade da realidade uma prisão, de cuja mesma se foge para um mundo virtual livre chamado Cárcere!
Então... Vamos encarar a nossa particularidade pessoal, boa ou má... Ou iremos viver como Alice no país das maravilhas? A escolha é nossa, e as consequências das mesmas também!
É assim que eu vejo... É assim que eu sinto!
Por Evaldo Souza

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