É em momentos como esses
que Deus revela-se a nós, querendo nos mostrar o caminho pelo qual estamos trilhando.
Aliás, caminhos não foram feitos para serem trilhados, pois, trilha aponta para
trajeto sujeito a acidentes... Buracos, obstáculos, enfim; são em momentos como
esses que Deus nos mostra se estamos caminhando ou trilhando o percurso da vida,
isto é; quando estamos com Deus, caminhamos; sem Ele trilhamos sujeitos à queda
iminente.
Quantas vezes,
durante o culto, já fomos atingido potentemente pela Palavra do pregador, ou
pela adoração do adorador respaldado pela verdade cantada por ele? Presumo que
muitas! Mas, o dia seguinte a esses momentos é quem dirá se eles tiveram peso
de impacto ou de transformação em nossas vidas.
Impacto e
transformação são coisas distintas, de forma que não basta sermos impactados,
temos que ser transformados. E essa transformação só se concretizará em nós a
partir do momento em que decidirmos fazer do impacto recebido um ponto de
partida para tal.
Conversando com um
irmão em Cristo e colega de trabalho, eu ouvi dele palavras relacionadas ao
culto do qual ele havia participado em sua congregação anteriormente àquele
diálogo. Daí ele me falou do tema proposto pela pregadora da mensagem: “A
DIFERENÇA ENTRE SER IMPACTADO E TRANSFORMADO”.
Bastou ouvir esse
tema para que algo se descortinasse diante de mim. Como que por um estrondo, um
“boom”, não precisou ele dar detalhes da pregação, nem a base bíblica
utilizada. Eu percebi algo que acontecia comigo, e ainda acontece, com relação
ao dia seguinte àquele culto arrasador, onde Deus falou poderosamente e o
Espírito atuou livremente trazendo cura, libertação, sinais e prodígios no meio
do Seu povo: Eu continuava o mesmo!
Eu procurei
respostas para esse fenômeno durante toda a minha vida, nunca encontrei... Mas,
Deus deu um jeito de me responder de forma simples, através de uma simples
conversa. Diga-se de passagem, Deus é muito simples, nós é que complicamos tudo
querendo que Ele desça sobre o monte como foi com Moisés.
Sabe qual foi o
discernimento que me veio acerca dessa situação pela qual não apenas eu, mas,
tantas outras pessoas passam? O impacto que recebemos de Deus derruba as
muralhas que nos impede de sermos transformados... Essa é a parte que cabe a
Ele! E quanto a nós, qual seria a nossa parte? Rompermos os limites que eram
estabelecidos por essas muralhas.
Quando Jesus disse
a Lázaro: “Venha para fora”, o que foi que ele fez? Saiu. Ele não foi tele transportado do túmulo para fora do mesmo... Ele teve que saltar de degrau
em degrau, visto que estava atado, e dessa forma não poderia caminhar. Conosco
não é diferente, Deus promove em nós o impacto necessário para que sejamos
transformados, agora, o que fazemos após esse impacto é o que determinará se
seremos transformados ou não. Se permanecermos inertes e estagnados, estaremos
na verdade absorvendo esse impacto, e absorção aponta para anulação de efeito,
ou seja; tudo permanecerá da mesma maneira.
Qual é a nossa
necessidade de mudança? Cada um sabe da sua, e Deus sabe das nossas! Tem tanta
coisa que pedimos a Deus em relação a mudança, seja de comportamento, palavras,
atitudes, enfim; parece que Ele não nos ouve... Mas, não é isso! Ele nos ouve
sim... Ele produz o impacto, porém, nós o absorvemos. Afinal, a não absorção
desse impacto implicará no
abandono daquilo que nos agrada, a despeito de ser isso
errado... Ou teremos que perdoar a quem tanto nos magoou... Ou teremos que
romper com costumes tradicionais, o que poderá causar mal-estar familiar.
Enfim, sempre teremos que fazer algo que nos custará alguma coisa, teremos que
renunciar àquilo que nos separa da transformação que tanto necessitamos.
A transformação em
nós só se dará quando fizermos a parte que nos cabe fazer... Através do
impacto, Deus transforma trilha (muralhas) em caminho, para que não mais
trilhemos, mas caminhemos rumo à mudança que precisamos obter.
Em suma, impacto se
absorve, mudança se adquire.
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