sábado, 23 de janeiro de 2016

CRENTE É TUDO DOIDO!




Há 12 anos recebi a Cristo em minha vida. E no decorrer desse período, até hoje, eu ouvi por diversas vezes uma definição acerca da decisão tomada: CRENTE É TUDO DOIDO!


Não foram poucas as vezes em que ouvi pregações à respeito da sabedoria de Deus como sendo, para os homens, loucura. Baseado nessa palavra, eu me sentia confortável quanto à minha escolha, visto que a Palavra (A VERDADE) me respaldava.


Passados alguns anos, mediante à muitas observações (costumo analisar o comportamento alheio), vim identificando algumas coisas que abriram meu entendimento acerca desse rótulo de LOUCO ao qual somos vinculados enquanto decididos à Cristo. E, nessas próximas linhas, eu gostaria de compartilhar algo relacionado à essas identificações com você que se propôs a ler essa palavra. Venha comigo!


Por que loucos? Por orar fervorosamente à alguém invisível? Por, em meio à esse fervor, gritar, pular, rodopiar, plantar bananeira, dar rabo-de-arraia? Por deixar de ir à praia no domingo (40 graus!) pra ir à EBD? Por crer no  impossível? Por acreditar em um conjunto de livros aparentemente desconexos, mas, que se completam? Por acreditar que homens escreveram a base de nossa fé e esperança? Esses motivos, dentre tantos outros, trazem pra nós o prazer de saber que estamos no caminho certo… A despeito do que dizem como sendo eles loucura, pra Deus é sabedoria… Isso é o que importa!


Mas, passei a analisar através de uma nova ótica outras coisas relacionadas à nós, servos do Senhor… E, partindo dessa análise, achei razão em sermos taxados de loucos (eu diria burros!). Analise comigo outros exemplos peculiares à crentes, partindo de uma outra perspectiva.


Por que loucos? Por vivermos no templo de segunda à domingo, deixando de priorizar a família? Por sermos massa de manobras de líderes gananciosos, que não estão nem aí para as ovelhas, e sim pra sua lã? Por acreditarmos que Deus só abençoará aquele que estiver “em dia” com seu dízimo? Por acreditarmos  na pirotecnia espiritual apresentada por tantos ditos evangélicos, que só faltam querer voar? Por crermos nas manifestações animálicas, onde seres humanos involuem à águias, leões ou até cobras (afinal, alguns rastejam!)? Por permanecermos inertes em um lugar, sabendo que nele é pregada heresias? Por valorizarmos mais o ter do que o ser, quando o assunto é bênção?


Eu poderia ficar aqui o dia inteiro buscando novas indagações ligadas ao fato de sermos taxados de loucos partindo desse ponto de vista negativo. Mas, acho que o que foi mencionado é suficiente pra denotar a destruição de tantas famílias. Tantos pastores e ovelhas se divorciando devido à traições impostas ou sofridas. Pastores com ovelhas... Ovelhas com ovelhas... Pastores com pastores... Por quê? Por estarem longe da base familiar... Por darem lugar ao diabo e a suas próprias inclinações, peculiares a todo ser humano. Lembrando que o inverso, a saber, estar longe da comunhão, gera todas essas coisas também. Nesse caso tem que haver equilíbrio, pois, toda queda nasce de um desequilíbrio.


Então… faz sentido ou não sermos chamados de loucos? Cadê o protestantismo oriundo da GRANDE REFORMA? Perdeu a forma! Afinal, o que se comprava por ignorância (bênçãos, cura…) naquela época, se vende hoje por persuasão humana. Não mais por ignorância (não saber por não ter acesso), mas, por ignorarem (não quererem aprender, gastar tempo lendo, meditando…)


Enquanto ignoramos a Palavra, entregamos a nossa orelha pra ser furada por esses patifes, calhordas, salafrários, energúmenos mercadores da fé! Nos tornamos seus escravos por opção, e abdicamos da liberdade advinda da libertação, que é fruto da manifestação de Cristo em nossas vidas. Crítico eu? Talvez eu esteja sendo taxado por você nesse momento! Eu não diria crítico, mas, farto de tanta patifaria gospel… De tantos “levitas” querendo voar financeiramente… De tantos empresários palestrando nos templos, se aproveitando da burrice coletiva (direta ou indireta)... De tantos super-hiper-espirituais querendo tomar o lugar de Deus no templo, através de atitudes luciferianas, tais como: reconhecimento, status, aplausos, etc…


Minha alma está gritando diante de tudo isso! Por isso, passei a considerar duas mortes, de coisas que fizeram parte da minha VIDA nos últimos 12 anos: PROTESTANTISMO E CRISTIANISMO. Afinal, a essência da reforma não existe mais, e a perda da essência significa morte. E a essência do cristianismo foi posta de lado… Afinal, não existe cristianismo sem o Cristo, e é isso o que temos visto! Daí, eu faço uso da pergunta de Pedro à Jesus: “PRA ONDE IREMOS NÓS?”


Algo nos restou, e que suplanta todos os “ismos” existentes nessa Terra, e que deve ser o nosso rumo diante desses óbtos existenciais: O EVANGELHO.


É assim que eu sinto, é assim que eu estou crendo. Sem mais.


Por Evaldo Souza

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