quinta-feira, 15 de agosto de 2019

AS DORES DE UM AMOR REJEITADO

JO 3:16 - "Porque Deus amou o mundo de tal maneira…"

A palavra 'tal' expressa grandeza, inigualabilidade, potencialização. A forma de amar o mundo (pessoas) utilizada por Deus é precedida, nesse versículo, por essa palavra.

Deus nos amou muito! Antes que viéssemos à existência. Ele usou a Jesus como moeda de troca por nossa vida... Vida por vida! Jesus morreu… Foi tomado como pagamento pelos nossos delitos, pecados e transgressões. De posse dessa informação, como temos nos portado em nossa forma de pensar, ser e viver? Temos refletido aceitação em relação a tamanho amor? Temos, com a vida vivida, após entendermos esse ato, aceitado esse amor? Temos mesmo?

Acho que muitos de nós só conseguiremos discernir a rejeição que cometemos, no dia em que amor nós dermos a alguém e o mesmo ser rejeitado também. Tem coisas que não podem ser compreendidas com palavras, e sim com experiência. Por quê? Porque a verdade só é absoluta quando exposta à realidade. Toda teoria, em seu tempo, se tornará experiência… É melhor falarmos daquilo que vivemos, do que aprendermos algo e reproduzirmos o que aprendemos, pra depois passarmos pelo crivo da verdade. É melhor sofrer antes… É melhor doer antes… Pois usaremos a intensidade certa pra compartilharmos o que sentimos, saberemos o remédio certo que tomamos… Falaremos da solução que encontramos com propriedade e não através do eco de alguém.

Não importa o tempo que temos de igreja, não importa nossa função na mesma… A única maneira de se apontar a cura absoluta para um mal, é ter sido curado dele. A teoria nos aponta o início do caminho, mas, a experiência nos conduz ao final. A teoria é relativa, e a prática absoluta.

Voltando ao cerne inicial (o amor não correspondido), o livro de Oséias, no versículo 7 do capítulo 11 nos traz a seguinte constatação, vinda do próprio Deus:

"Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim; ainda que clamem ao Altíssimo, nenhum deles o exalta."

Segundo esse versículo, Deus amou o mundo de tal maneira, que sabia de sua inconstância, hipocrisia, interesse, porém, entregou a Jesus para resgatá-lo da punição do pecado. Mas, será que a despeito de Deus ter amado o mundo, sabendo que o mundo não é confiável, Ele se alegra em vê-lo agindo como se nada por ele tivesse sido feito? Já parou pra fazer essa retórica indagação? Muitos vão dizer: NÃO DÁ PRA SABER. Mas, quem de vocês, leitores dessa meditação, já amou alguém imensurávelmente e obteve desse alguém uma recusa à tamanho amor… Uma ignorância voluntária a tal sentimento?

Presumo que não deva ser fácil a dor da rejeição quando a mesma não advém de algo ruim que foi feito por nós. É fácil aceitar a rejeição de outrem quando a mesma é precedida de algum ruim que tenha sido feito, mas, e quando somos rejeitados em detrimento ao fato de termos amado ao extremo (de tal maneira), de termos perdoado de verdade (de tal maneira)... Será que é fácil? Não… Não é! Mas, é didático… Nos remete a entender (guardadas as devidas proporções) o que o Senhor sente quando o rejeitamos com nossas atitudes ou por falta delas. Quem ama respeita… Temos respeitado a Deus? Quem ama está perto… Temos nos aproximado Dele? Quem ama perdoa como Ele ensinou a perdoar… Temos perdoado nossos ofensores? Difícil, não?

Se eu e você não estivermos fazendo nada do que foi perguntado a pouco, estamos rejeitando o amor de Deus. Se estamos rejeitando o amor de Deus, Nele estamos causando a dor que sentimos ao sermos rejeitados após termos semeado amor. Como dói! E como ensina! Estou aprendendo a não rejeitar o amor de Deus por mim.

Evaldo Souza

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